LeBron James responde críticas após estreia com 12 assistências e adaptação surpreendente pelos Lakers

LeBron James responde críticas após estreia com 12 assistências e adaptação surpreendente pelos Lakers dez, 1 2025

Na noite de 26 de novembro de 2025, no Crypto.com Arena, em Los Angeles, LeBron James, aos 40 anos, voltou ao quadro dos Los Angeles Lakers após três semanas ausente por ciatalgia — e fez mais do que apenas jogar. Ele registrou 12 assistências, apenas 1 turnover, e passou boa parte do tempo com a segunda unidade, sem tentar assumir o controle. O que deveria ter sido uma volta dramática virou uma lição de humildade: James driblou apenas 1,63 vezes por toque, mantendo a bola por 2,46 segundos por posse, enquanto Luka Doncic e Austin Reaves brilhavam como estrelas ofensivas. Os Lakers venceram por 119-108, subindo para 11-4 na temporada, mas a verdadeira história não está no placar — está na adaptação.

As críticas que ele ouviu antes de entrar em quadra

Antes mesmo de James pisar na quadra, as críticas já estavam em alta. No podcast KG Certified, o ex-jogador dos Boston Celtics e analista Paul Pierce, 47, disparou: “Quando LeBron voltar, ele tem que vir do banco. Ele tem que deixar Luka brilhar.” Já Jeff Teague, ex-armador da NBA e hoje comentarista, temia que a volta de James “estragasse a química defensiva”, alegando que ele “não joga defesa se não tiver a bola” e que poderia “dar atitude” se não estivesse envolvido. Essas opiniões ecoaram em redes sociais e programas de TV — como se um jogador de 40 anos ainda precisasse provar que é capaz de se adaptar.

Como James mudou seu jogo — e por que isso importa

Na prática, James não só ouviu, mas agiu. Ele reduziu drasticamente suas tentativas de cesta: apenas 7 arremessos em 25 minutos, o menor número de sua carreira nesse tempo de quadra. Em vez de forçar jogadas, ele se tornou um facilitador. Passou a bola com precisão cirúrgica, criando espaços para Doncic e Reaves, que juntos anotaram 63 pontos. Isso não é sorte. É inteligência. O técnico Darvin Ham, 51, chamou James de “conector” — alguém que une estrelas dominantes com jogadores de apoio que precisam de movimento constante. E isso é exatamente o que ele fez: cortou o excesso de individualismo, sem perder autoridade.

As peças que mudaram o time — e por que elas funcionam

As peças que mudaram o time — e por que elas funcionam

A adaptação de James não ocorreu no vácuo. Ela foi possível porque os Lakers montaram um elenco pensado para complementar seu estilo. Deandre Ayton, 27, está com 69,6% de aproveitamento nos arremessos e se tornou um rolo compressor no pick-and-roll. Marcus Smart, 30, com 1,9 roubos por jogo, trouxe a agressividade defensiva que faltava. E Jake LaRavia, 26, com 48,8% de aproveitamento de campo, é o tipo de jogador que se beneficia de uma estrela que passa, não de uma que exige a bola. A soma dessas peças transformou a taxa líquida da equipe: de 3,2 (14º na NBA) para 10,0 — entre os três melhores do liga quando James está em quadra.

As próximas provas: quando o teste real começa

Mas atenção: todos os três triunfos com James vieram contra os Utah Jazz e os Los Angeles Clippers — duas das cinco piores equipes do Oeste. O verdadeiro teste começa em dezembro. Confrontos contra os Dallas Mavericks (28/11), os New Orleans Pelicans (30/11) e depois contra Suns, Nuggets e Warriors serão o termômetro real. O GM Rob Pelinka, 55, não esconde: “Esses jogos vão dizer se somos candidatos ou apenas uma equipe com bom começo.”

As vozes que mudaram de opinião

As vozes que mudaram de opinião

Na emissora ESPN, analistas como Kendrick Perkins e Danny Green não esconderam o espanto. Perkins chamou o desempenho de “inusitado” — um jogador que não jogava desde abril, voltou e teve a menor quantidade de arremessos da carreira, com 12 assistências. Green foi ainda mais direto: “Você não jogava desde que esses caras nem tinham nascido — e você chega e faz isso?” James, em seu podcast Mind the Game, respondeu com calma: “Sou um canivete suíço. Posso ser o que o time precisa.” E isso, talvez, seja o maior golpe contra os críticos.

Frequently Asked Questions

Como LeBron James conseguiu se adaptar tão bem aos 40 anos?

James reduziu drasticamente seu uso da bola — de 5,22 segundos por toque para apenas 2,46 — e priorizou assistências em vez de arremessos. Isso foi possível graças ao elenco montado por Rob Pelinka, com jogadores como Deandre Ayton e Marcus Smart que se beneficiam de um líder que passa, não que domina. Sua experiência e leitura de jogo compensam a perda de explosividade.

Paul Pierce e Jeff Teague estavam certos em suas críticas?

Não. As críticas de Pierce e Teague se baseavam em suposições sobre o estilo de jogo de James, sem considerar a estrutura tática do time. O fato de ele ter feito 12 assistências sem causar desequilíbrio ofensivo e ainda manter a pressão defensiva mostra que sua adaptação foi mais eficaz do que qualquer previsão. A química melhorou, não piorou.

O desempenho dos Lakers é sustentável contra times fortes?

A taxa líquida de 10,0 com James em quadra é impressionante — só superada por Thunder e Magic. Mas os três triunfos vieram contra equipes do fundo da tabela. Contra Suns, Nuggets e Warriors, a pressão defensiva e a eficiência ofensiva serão testadas. Se Ayton e Smart mantiverem o nível, e James continuar como conector, sim — há chances reais de título.

Qual o papel de Luka Doncic nesse novo sistema?

Doncic passou de estrela central para estrela em um sistema mais dinâmico. Com James como facilitador, ele tem mais espaço para atacar e criar em transições. Juntos, os dois somaram 63 pontos, 11 assistências e 10 rebotes no estreia — sem conflito de posse. A chave é que Doncic não precisa carregar o time sozinho, o que reduz o risco de lesão e aumenta a longevidade da equipe.

O que acontece se James se lesionar novamente?

A estrutura do time foi desenhada para sobreviver a uma ausência de James. Ayton domina a pintura, Smart garante defesa, e LaRavia e Vincent podem assumir papéis ofensivos. Mas a taxa líquida cairia para níveis de 3,2 — como antes da estreia. Ou seja, o time ainda é competitivo, mas sem James, perde sua maior vantagem: a capacidade de conectar estrelas e jogadores de apoio de forma eficiente.

Por que Darvin Ham é tão crucial nesse momento?

Ham foi o arquiteto da estratégia de minimizar o uso da bola por James e maximizar o movimento dos demais. Ele fez o difícil: convenceu uma lenda a se sacrificar, e ainda assim manteve sua liderança. Se conseguir manter o equilíbrio entre os egos e a tática, especialmente nos jogos de dezembro, será lembrado como o técnico que tirou o máximo de um elenco improvável.